Estudo introdutório

pelos aliados para avançar desde Portugal em direcção a Madrid através dos vales do Duero e do Tajo, conquistando a seu passo importantes localidades. Em finais de junho Carlos III era proclamado Rei na mesma capital de Espanha.

As alegrias dos aliados e do seu candidato foram efémeras porque na primavera de 1707 se produziu um acontecimento que mudaria definitivamente o rumo da contenda: o duque de Berwick, comandante do exército franco-espanhol, derrotou em Almansa os aliados anglo-holandeses, cuja retirada favoreceu o avanço do exército borbónico sobre Valência, Alcoy, Zaragoza, Játiva e, mais tarde, Lérida, que foi ocupada por assalto no dia 14 de outubro de 1707 (271 e 272). O avanço das tropas borbónicas prosseguiu com a ocupação de Tortosa e Denia e em abril de 1708 o castelo de Alicante (118 e 273).

Após vários anos de alternância com vitórias e derrotas para ambos bandos que presumiam como definitivas, o curso dos acontecimentos inclinou finalmente a balança a favor de Felipe V. A morte inesperada do Imperador José I de Áustria elevou a Carlos ao trono austríaco, provocando o fim do apoio dos aliados a um candidato que, no caso de ganhar, favoreceria a formação de um eixo hispano-austríaco. O cansaço dos aliados facilitou a negociação da paz, ratificada na cidade holandesa de Utrecht em 1713. Em ela Felipe V renunciava à coroa de França em troca de conservar a de Espanha, para além disso perdia os domínios espanhóis em Itália e nos Países Baixos, que passavam para as mãos da Áustria e Saboia; por sua parte, Inglaterra retinha Gibraltar e Menorca e obtinha diversos direitos no comércio americano.

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