desembocadura do Tejo, incluída a imagem de Lisboa e de suas defesas, pode contemplar-se no plano 3. No mesmo contexto cabe citar os planos de Setúbal (9) e do castelo de São Gian (52, 11, 98). - A salvaguarda da Carreira de Índias.Na estratégia geopolítica do Atlântico, o controlo do espaço marítimo compreendido entre Ayamonte e Gibraltar (10) relevou-se fundamental para os Áustrias espanhóis. Dito lanço abrigava um potencial económico e militar, pois a desembocadura do Guadalquivir e a baía de Cádiz (53, 55, 251, 93, 24) estavam vinculadas estreitamente à Carreira de Índias e às comunicações com o norte de Europa e o Mediterrâneo.3.b.- Os planos militares do século XVIII.Um considerável número de planos emanados na passagem de um século para o outro e a princípios do Setecentos realizam-se no contexto da Guerra de Sucessão que entronizou a dinastia borbónica em Espanha. Dita guerra, consequência directa da falta de descendência de Carlos II, foi sobretudo o reflexo da luta pelo poder que as principais potências europeias –França e Áustria, especialmente– mantiveram durante as últimas décadas do século XVII. A perda da hegemonia hispânica a partir do Tratado dos Pireneus e a debilidade da monarquia com o último dos Áustrias espanhóis converteu os seus domínios numa espécie de botim de despojos que foi disputado por diversos estados europeus. |