Estudo introdutório

marítimos de Rosas (235, 89), Palamós (236, 237), Barcelona e Tarragona, cidades que desempenharam um papel desigual no transcurso do conflito catalão. Rosas caiu em poder do exército franco-catalão em 1645 o que significou um duro revés à causa hispánica; essa vitória recria-se em dois gravados de autoria francesa e alemã reflectindo a importância que aquela vitória representou para o país vizinho (238, 239). Rosas e uma série de portos costeiros gerundenses permaneceram em poder dos franceses até 1659 quando pelo Tratado dos Pireneus foram devolvidos a Espanha. De Barcelona conservam-se dois planos manuscritos, um de origem francesa e outro de origem espanhola. O primeiro delineia o perímetro da cidade e foi desenhado desde a perspectiva do exército francês (240). O outro que se conserva na Suécia é, quem sabe, mais interessante desde o ponto de vista militar. Nele se reproduz o assédio a que foi submetida a cidade em 1652 por Dom Juan José de Áustria que permitiu recuperar a simbólica praça de Barcelona das mãos dos sublevados (241). Esta vitória supôs um dos feitos de armas mais celebrados pela Monarquia Hispânica pois, unido a outros grandes êxitos do exército espanhol conseguidos nesse mesmo ano, presumia-se o imbatível poder de Espanha. Com a conquista de Barcelona colocava-se fim ao conflito geral, ainda que a guerra ainda se arrastaria mais alguns anos. O caso de Tarragona foi diametralmente oposto ao de Barcelona, já que se manteve durante todo o conflito bélico como um baluarte próximo ao exército real. Desde o início da guerra, o porto tarraconense adquiriu a condição de centro principal de distribuição de tropas e materiais militares destinados tanto a esta frente bélica como à de Itália. Por isto, a cidade sofreu diversos assédios por mar e por terra que puseram à prova um sistema defensivo que se recria com minuciosidade nos planos 242 e

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