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mão do diplomático Sparwenfeld. O resto de planos manuscritos que se incorporam a esta publicação chegaram à Suécia mais tarde por razões e vias que se desconhece.

2.- Cartógrafos e produção cartográfica peninsular

O grupo de planos editados dispõe de uma mostra significativa da abundante cartografia que circulava pela Europa durante o período moderno, tempo que se corresponde ao auge técnico e empresarial desta actividade. Incluem-se exemplos bem conhecidos pelos estudiosos que podem encontrar-se em outras cartotecas do mundo, mas não faltam imagens menos habituais dentro dos fundos mais consultados da cartografia histórica. No entanto, a colecção é somente um leve reflexo da intensa produção cartográfica que se desenvolveu na Europa desde meados do século XVI quando a arte de fazer mapas era, para além de uma necessidade, um negócio lucrativo.

Os estados europeus requereram a representação da sua própria geografia tanto para legitimar os seus domínios como para inventariar recursos humanos, económicos e militares. Os governantes impulsionaram esta actividade encarregando produções cartográficas para uso político e militar no contexto da consolidação dos Estados Modernos; às vezes utilizam-se mapas para fazer propaganda de assédios, expedições e guerras ganhas. O interesse mostrado pelos governantes também se estendeu e foi partilhado pelo público cada vez mais numeroso que consumia cartografia por razões de índole prática e intelectual.