Estudo introdutório

Um importante número de planos franceses cartografa cidades, praças e territórios espanhóis; a proximidade geográfica e a rivalidade política entre ambos países motivou uma atenção preferente dos engenheiros-geógrafos do exército francês em direcção a zonas de confluência e os espaços fronteiriços. Assim, resulta especialmente significativa a atenção prestada à Catalunha, região muito representada no Arquivo Militar de Suécia, através de alguns planos soltos e pequenas séries sobre praças catalãs.

2.b.- O interesse cartográfico da monarquia.

A escassez de especialistas de origem espanhola e portuguesa na cartografia peninsular contrasta com chamativo interesse mostrado pelos Habsburgo espanhóis no momento de patrocinar ambiciosos projectos cartográficos, conscientes da utilidade que estas iniciativas tinham para desenvolver suas políticas e conservar seus territórios. A criação em 1582 da Academia de Matemáticas e Arquitectura Civil e Militar em Madrid responde a dito interesse por formar profissionais e fomentar os estudos descritivos e cartográficos das possessões da Monarquia Hispánica. O valor da cartografia como elemento de poder foi interiorizado pelos nossos monarcas. Por isto procuraram instruir-se nesta ciência e noutras disciplinas afins, rodeando-se dos melhores mestres e procurando a formação dos seus filhos, os príncipes, nestas matérias tão importantes para poder governar num futuro a monarquia.

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